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Quarta-feira, 23 de Julho de 2025
Maripá realiza a 3ª Caminhada do Meio-Dia pelo fim da violência contra as mulheres
A concentração teve início às 10h30 em frente ao paço municipal. Vestindo camisetas brancas, símbolo de paz e solidariedade, os participantes seguiram em caminhada até a Praça das Orquídeas

Na manhã desta terça-feira, 22 de julho, o município de Maripá integrou a mobilização estadual da Caminhada do Meio-Dia, uma ação de conscientização pelo fim da violência contra as mulheres. O ato simbólico reuniu mais de 100 participantes, entre servidores públicos, lideranças locais, representantes de entidades civis e a comunidade em geral.
A concentração começou às 10h30, em frente ao Paço Municipal. Vestindo camisetas brancas – símbolo de paz e solidariedade –, os participantes seguiram em caminhada até a Praça das Orquídeas, levando faixas, cartazes e balões com mensagens de apoio, resistência e luta pelos direitos das mulheres e realizaram um plantio de flores em memória de todas as mulheres. Com o lema "Pela vida e pelo fim da violência contra as mulheres", a mobilização busca chamar a atenção para as diferentes formas de violência enfrentadas diariamente por milhares de mulheres – física, psicológica, moral, patrimonial e sexual – e reforçar a importância da denúncia, do acolhimento e da implementação de políticas públicas eficazes.
Instituída por lei estadual em 22 de julho de 2023, a Caminhada do Meio-Dia se tornou um marco estadual no enfrentamento à violência de gênero. Em 2025, o ato aconteceu simultaneamente em 179 municípios paranaenses, unificando vozes em defesa da vida das mulheres.
A secretária de Assistência Social, Angela Schanoski, destacou que esse é um momento de luta, mobilização e resistência. Segundo ela, é essencial que a sociedade reforce publicamente seu repúdio a qualquer forma de violência e seu compromisso com a proteção e os direitos das mulheres.
A vice-prefeita de Maripá, Analice Pandini, também esteve presente e, como mulher, enfatizou a importância de dar visibilidade à causa e manter a luta ativa dentro do poder público e da sociedade civil. Para ela,
"esse é um momento de união e empatia. Precisamos fortalecer a rede de apoio, ampliar a escuta e garantir que nenhuma mulher se sinta sozinha. Cada passo dado nesta caminhada representa um avanço na construção de uma sociedade mais justa, segura e igualitária para todas."
A promotora de justiça, dra. Cristiane Ramos, reforçou a dedicação do Ministério Público e da promotoria no combate à violência contra a mulher, atuando para prevenir e amenizar os casos de feminicídio em toda a região. Já Juliane Pastore, psicóloga e presidente do Conselho Municipal da Mulher, destacou o acompanhamento constante realizado com vítimas sob medida protetiva e relatou que, em 2025, os casos de violência contra a mulher em Maripá apresentaram redução, fruto do trabalho articulado entre as instituições.
A caminhada contou também com a presença de Fabíola Maroso, uma das idealizadoras do projeto Lentes de Luz, que falou sobre a missão do projeto em oferecer acolhimento e apoio mútuo entre mulheres vítimas de violência, incentivando o fortalecimento coletivo e a superação.
Em um dos momentos mais emocionantes do evento, Adriana Jacoboski, convidada especial, compartilhou sua experiência como mãe de uma jovem vítima de feminicídio em 2017. Em seu relato, ela falou sobre a dor profunda e o processo de reinvenção que enfrentou para seguir em frente, transformando sua vivência em força para apoiar outras mulheres.
A mobilização também contou com o engajamento do comércio local. Algumas lojas aderiram ao movimento, decorando suas vitrines de branco em apoio à caminhada. Esse gesto simbólico reforçou a mensagem de paz, solidariedade e união da comunidade no combate ao feminicídio e na valorização da vida das mulheres.
Maripá segue firme no compromisso de garantir um ambiente seguro, digno e acolhedor para todas as mulheres, promovendo políticas públicas eficazes por meio de uma rede municipal de apoio ativa e engajada.
Casos de agressão devem ser denunciados pelo número 190 da Polícia Militar. Denúncias anônimas também podem ser feitas pelo Disque 181.