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Terça-feira, 09 de Setembro de 2025

EXCLUSIVO: Produtor rural denuncia golpe milionário com usinas solares no Noroeste do Paraná

Contrato com empresa de energia e financiamento bancário sem consentimento levaram agricultor de Maria Helena a dívida de R$ 1,2 milhão

Um agricultor da zona rural de Maria Helena (PR) procurou a Polícia Civil no último dia 5 de maio para denunciar um suposto esquema de fraude envolvendo uma empresa e financiamentos bancários realizados sem autorização, que podem ultrapassar R$ 120 milhões em prejuízos a produtores da região.

De acordo com o boletim registrado, o produtor (que teve sua identidade preservada) relatou ter assinado, em janeiro de 2024, um contrato de compra de duas usinas de energia fotovoltaica com a empresa, inclusive apontando o nome do representante (que também tem sua identidade ainda preservada), que apresentou o negócio como uma forma de obter lucro com a venda da energia gerada. O modelo prometia rendimentos mensais de R$ 8 mil ao longo de oito anos, com financiamento bancário quitado automaticamente com os créditos de energia.

O produtor (vítima) afirma que não autorizou nem participou da contratação de empréstimo com a Caixa Econômica Federal, mas descobriu que um crédito rural de R$ 1,2 milhão foi aberto em seu nome, supostamente por meio de uma procuração assinada sem conhecimento de seu conteúdo.

Gerente envolvido
O contrato teria sido firmado diretamente pelo representante da empresa com a agência da Caixa em Paranavaí. O gerente da operação seria o mesmo envolvido em outras 46 transações similares, todas com produtores da região.

Segundo o denunciante, nenhuma das usinas foi entregue, a empresa não pagou parcelas do financiamento nem realizou os investimentos exigidos pela Copel para homologação do sistema. Além disso, o nome do produtor foi negativado, e ele afirma correr o risco de perder seu patrimônio por uma dívida que não reconhece.

Outros 45 agricultores paranaenses estariam na mesma situação, aguardando entrega de usinas, repasse de valores e regularização das operações. Alguns relataram que, ao questionarem as promessas descumpridas no grupo de WhatsApp criado pela empresa, foram removidos e silenciados pelo representante da empresa que foi denunciado, administrador do grupo.

Fraudes em massa
O caso é tratado como potencial fraude em massa, com indícios de falsidade ideológica, estelionato e crime contra o sistema financeiro. As autoridades investigam se houve conivência ou falhas de fiscalização por parte da CEF e se outras vítimas ainda não se manifestaram.

Fonte: Umuarama News

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