Notícias da Região | Tráfico de anabolizantes
Quinta-feira, 23 de Outubro de 2025
Esquema milionário de tráfico de anabolizantes e lavagem de dinheiro é desmantelado no Paraná
DENARC descobriu bunker em uma casa de luxo onde estavam anabolizantes, prendeu seis pessoas e apreendeu veículos avaliados em mais de R$ 1,2 milhão
A Polícia Civil do Paraná, por meio da Divisão Estadual de Narcóticos (DENARC) de Maringá, deflagrou a Operação OFF-LABEL, com o objetivo de combater crimes de lavagem de dinheiro e comercialização ilegal de anabolizantes e medicamentos de origem estrangeira. A ação contou com o apoio das unidades da DENARC de Londrina, Pato Branco e do Instituto de Identificação.
Durante a operação, foram presas seis pessoas – três homens e três mulheres – e apreendidos seis veículos de alto padrão, avaliados em cerca de R$ 1,24 milhão. Entre os bens confiscados estão um Tiggo 7, três Tiggo 8, uma Kia Sportage e uma motocicleta Honda GL 1800 Gold Wing Tour, modelo de luxo e elevado valor comercial.
As investigações começaram após funcionários dos Correios suspeitarem de encomendas que continham anabolizantes e medicamentos irregulares escondidos dentro de eletrodomésticos. A partir dessa apreensão, os policiais identificaram uma organização criminosa estruturada, responsável por movimentar mais de R$ 4 milhões em contas bancárias, valores muito superiores à renda declarada dos investigados.
Segundo a Polícia Civil, o grupo utilizava empresas de fachada, contas de passagem e técnicas sofisticadas de ocultação patrimonial, executando todas as etapas da lavagem de dinheiro – desde a colocação até a integração dos valores ilícitos. Para distribuir os produtos, os criminosos disfarçavam os envios com remetentes falsos e escondiam os anabolizantes em objetos domésticos, como panelas de pressão e chaleiras elétricas.
Com base nas provas reunidas, a Justiça autorizou prisões preventivas, buscas e apreensões, quebra de sigilos bancário e fiscal, além do bloqueio de bens e ativos ligados à quadrilha.
O delegado Leandro Roque Munin, responsável pelo caso, destacou a importância da ofensiva. “Atingimos diretamente a estrutura patrimonial do grupo criminoso, interrompendo o fluxo de recursos e enfraquecendo sua capacidade operacional. A repressão qualificada é essencial para combater o crime organizado de forma eficaz”.
As investigações continuam para identificar novos envolvidos e rastrear a origem dos recursos. A Polícia Civil reforça que denúncias anônimas podem ser feitas pelos canais oficiais, com total garantia de sigilo.
Fonte: Umuarama News

















