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Notícias da Região | Desaparecimento

Sexta-feira, 05 de Setembro de 2025

Com 30 dias do desaparecimento de quatro homens em Icaraíma, famílias seguem sem respostas

Famílias se mobilizam nas redes sociais com recompensa por informações e mantêm esperança de encontrá-los vivos

A angústia e o silêncio que cercam o desaparecimento de três cobradores paulistas e um credor no município de Icaraíma, completam hoje (5), 30 dias. Diante da ausência de respostas e da sensação de lentidão nas investigações, as famílias continuam espalhando pelas redes sociais uma recompensa de R$ 50 mil, na tentativa de obter informações que levem ao paradeiro dos desaparecidos ou à captura dos suspeitos.

A esperança é de que a comunidade ajude a localizar Robishley Hirnani de Oliveira, 53 anos, Rafael Juliano Marascauti, 43, e Diego Henrique Afonso, 39, além do credor Alencar Gonçalves de Souza, também desaparecido. Os suspeitos do envolvimento em um crime de homicídio, segundo a polícia, são Antônio “Tonhão” Buscariollo, 66 anos, e seu filho, Paulo Ricardo Buscariollo, 22 – ambos foragidos com mandado de prisão preventiva em aberto.

Os três cobradores saíram do interior paulista, das cidades de São José do Rio Preto e Olímpia, contratados por Alencar para negociar o pagamento de uma dívida. Segundo a polícia, o valor inicialmente estimado em R$ 1 milhão foi posteriormente revisado para R$ 250 mil. A negociação, que envolvia a venda de uma propriedade rural para a família Buscariollo, terminou com o desaparecimento de todos os envolvidos.

A mobilização dos familiares cresceu nas redes sociais. Uma página criada no Instagram para divulgar o caso ultrapassou 200 mil visualizações em pouco mais de uma semana. Voluntários se revezam para responder mensagens e acompanhar possíveis pistas. Segundo a esposa de um dos desaparecidos, ao menos dez pessoas trabalham diariamente na triagem das informações.

Um dos episódios recentes foi o pedido feito pela companheira de Paulo Ricardo Buscariollo para que sua imagem fosse removida de uma publicação – alegando não estar sendo procurada pela Justiça. A solicitação causou indignação entre os familiares das vítimas, que continuam buscando qualquer indício que leve à resolução do caso.

O delegado Gabriel Menezes, responsável pela investigação, comentou as críticas feitas pelas famílias, que cobram mais transparência e agilidade. “É compreensível que os familiares estejam angustiados e impacientes. No entanto, as investigações são sigilosas. Muitos trabalhos estão sendo realizados, mas não podem ser divulgados para não comprometer o andamento do inquérito”, declarou.

Apesar da dor, os familiares ainda mantêm a esperança – por menor que seja – de encontrarem os desaparecidos com vida. “Não vamos parar. Vamos seguir mexendo com essa situação até que os meninos sejam encontrados e os culpados respondam pelo que fizeram”, reforçou uma das esposas.

O caso segue sob investigação da Polícia Civil do Paraná, que ainda não divulgou detalhes sobre pistas concretas ou avanços nas diligências.

Fonte: Umuaram News

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